quarta-feira, 13 de maio de 2015
TIPOS DE TRABALHOS DE CAMPO
Como nosso Blog é sobre Trabalhos de Campo, vamos nos deter um pouco mais sobre esse assunto. Compiani e Carneiro (1993), estabelecem como objetivos pretendidos nas viagens de campo: aproveitar os conhecimentos geológicos prévios, adquirir representações, exemplificar feições e fenômenos da natureza, sugerir problemas e permitir uma primeira elaboração de dúvidas e questões, desenvolver e estruturar habilidades, estruturar hipóteses, resolver problemas, elaborar síntese, desenvolver atitudes e valores.
Para alcançar os objetivos pretendidos, Compiani e Carneiro (1993) classificam os trabalhos de campo como:
-ILUSTRATIVOS: é tradicional, considera o conhecimento como um produto acabado, reforça e demonstra conteúdos, centrada no professor, considera o aluno como espectador e o produto é uma caderneta de campo cheia de informações.
-INDUTIVOS: a observação é guiada, leva a interpretação ou solução de um problema, o professor atua como condutor por meio de um roteiro ou questionário, o estudo é dirigido valorizando o método científico e o raciocínio lógico e não preocupação com conhecimentos prévios.
-MOTIVADORES: desperta o interesse para um problema, não se preocupa como conhecimentos geológicos prévios do aluno, valoriza a paisagem e o senso comum, envolve a afetividade e desperta a curiosidade, centrada no aluno.
-TREINADORES: visa o treino com aparelhos e/ou instrumentos, exige conhecimentos prévios, o aluno anota e o professor direciona.
-INVESTIGATIVOS: o objetivo é resolver um problema, elaborar hipóteses, estruturar observações, interpretar, decidir estratégias, refletir e concluir, o professor é um orientador.
Scortegagna (2001) acrescenta mais dois tipos:
-GENÉRICOS: para conhecer uma região não visitada, não vinculada a uma disciplina específica, geralmente realizada no final do ano, não há um compromisso do professor com o ensino, valoriza relações sociais, informativa, não há questionamento do método científico, não há uma relação clara entre ensino e aprendizagem, não há uma lógica predominante.
-AUTÔNOM0S: visa despertar a investigação e preparar para a profissão, geralmente realizada na região onde o aluno está localizado, ausência do professor, o professor é orientador e a relação professor/aluno se dá por meio da discussão e troca de experiências.
Compiani M., Carneiro C.D.R. Os papéis didáticos das excursões geológicas. Rev. de la Ensenanza de las Ciencias de la Tierra. 1(2):206-210, 1993
Scortegagna, A. Trabalhos de campo nas disciplinas de Geologia Introdutória nos cursos de Geografia no estado do Paraná, dissertação de Mestrado, Orientação: Prof. Dr. Oscar Braz Mendoza Negrão, Instituto de Geociências, Unicamp, Campinas, 2001
Inge Lehmann (Østerbro, Copenhague, 13 de Maio de 1888 — Copenhague, 21 de Fevereiro de 1993) foi uma geodesista e sismologista dinamarquesa que descobriu a consistência do núcleo do planeta Terra. Através da análise de dados sísmicos, ela afirmou que o centro da Terra
não era constituído apenas de material fundido como se acreditava até
então, e que um núcleo interior não só existia como este possuía
propriedades físicas diferentes das do núcleo externo. Esta afirmação
foi logo aceita pelos sismologistas da época, já que na época não havia
uma hipótese do porque que as ondas P criadas por terremotos, diminuíam sua aceleração quando alcançavam determinadas áreas do centro da Terra.
terça-feira, 12 de maio de 2015
Evento: Palestra
À Comunidade do IG,
Convido-os para a palestra "Investigação Geoambiental de Alta Resolução para Áreas Contaminadas"
Data :27/05, 14 h, Auditório do IG
Palestrante: Marcos Tanaka Riyis
Formação: Engenheiro Ambiental
(UNESP/Sorocaba), Pós-Graduado (Especialização) em Gerenciamento
de Áreas Contaminadas (SENAC), Mestre em Engenharia Civil e Ambiental –
Área de Geotecnia Ambiental (FEB/UNESP);
Atividade Profissional: Diretor Técnico da ECD Sondagens Ambientais, empresa especializada em coleta de dados para investigação de Áreas Contaminadas; Docente dos cursos de Pós-Graduação em Remediação de Áreas Contaminadas e Gerenciamento de Áreas Contaminadas do Centro Universitário SENAC.
Atividade Profissional: Diretor Técnico da ECD Sondagens Ambientais, empresa especializada em coleta de dados para investigação de Áreas Contaminadas; Docente dos cursos de Pós-Graduação em Remediação de Áreas Contaminadas e Gerenciamento de Áreas Contaminadas do Centro Universitário SENAC.
Resumo: O
Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC) é um mercado de trabalho
extremamente promissor para Geólogos e Engenheiros Ambientais. Seu
caráter tipicamente multidisciplinar é "marca registrada" desse
segmento. O GAC é dividido em diversas etapas, sendo a Remediação a
etapa mais complexa, visível e ao mesmo tempo lucrativa do processo.
Porém, a Remediação está umbilicalmente ligada à etapa de diagnóstico da
área contaminada. Esse diagnóstico deve subsidiar a Remediação com
as respostas sobre o contaminante (massa, características, distribuição)
e sobre a sua interação com o meio físico (geologia, hidrogeologia),
uma vez que as heterogeneidades hidrogeológicas e o entendimento da
hidroestratigrafia são os grandes fatores limitantes do processo. A
forma mais adequada de se realizar uma boa investigação é utilizar as
ferramentas de alta resolução (High Resolution Site Characterization
Tools – HRSC), que fornecem, em tempo real e em escala de detalhe,
informações sobre as heterogeneidades do meio físico e/ou sobre a
distribuição vertical da contaminação. Essa palestra explanará como é
feita a investigação tradicional e suas incertezas e apresentará algumas
técnicas de HRSC, relacionando ambas com as consequências técnicas e
econômicas para o Projeto de Remediação.
Estou iniciando meu doutorado em Ensino e História de Ciências da Terra, no Instituto de Geociências - IG, da Unicamp, Universidade Estadual de Campinas. Meu tema de pesquisa envolve Trabalhos de Campo e sua importância no processo ensino-aprendizagem. Tentarei incluir nesse blog algumas informações sobre tipos de Trabalho de Campo, além da bibliografia que eu puder acrescentar para enriquecer o debate.
Para começar...uma das aulas de campo mais interessantes sobre intemperismo físico e químico num ambiente extremamente diverso...um cemitério.
https://www.youtube.com/watch?v=bamjfPvJFoMMais uma aula interessante:
Por que escolhi a Geologia como profissão? Parafraseando meu orientador Prof. Dr. Celso Dal Ré Carneiro quando expõe frase do maior expoente da geologia brasileira, Prof. Dr. Fernando Flávio Marques de Almeida (1916-2013):
"Felicito-os pela escolha dessa bela profissão. Ela lhes dará oportunidade de decifrar a Terra, usufruir os encantos da vida ao ar livre e satisfazer o espírito de aventura que existe em todos nós. Como eu, correrão o risco de morrerem de sede perdidos nas dunas escaldantes do deserto do Saara,
beberão água do radiador de caminhão quebrado no Chaco Boliviano,
subirão à borda da cratera do vulcão em erupção El Fuego na Guatemala,
verão os gêiseres expelindo água fervendo perto de Raratoa na Nova Zelândia
e quase morrerão de frio nos planaltos cristalinos da península de Kola a norte do Círculo Polar Ártico.
Com minha experiência de 66 anos de geologia posso lhes garantir ser essa a mais prazerosa das profissões e digna de ser vivida (Almeida, 2004)".
domingo, 10 de maio de 2015
Publicada no site mochilabrasil minha tatuagem:
http://mochilabrasil.uol.com.br/blog/tatuagens-de-viagem
http://mochilabrasil.uol.com.br/blog/tatuagens-de-viagem
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